Sem título

Tá vendo esse cara aí? Pois é, ele sou eu. Muito prazer.

Sei que parece estranho eu usar a minha própria selfie para ilustrar um texto, mas você já vai entender o motivo. Neste texto eu vou falar da minha primeira vez. Não, não é essa primeira vez que vocês pensara aí, com essas cabecinhas maliciosas. Vou falar da minha primeira vez no Zezinho Magalhães, casa do XV de Jaú.

Eu tenho 24 anos de idade e sou nascido e criado em Mineiros do Tietê, interior de São Paulo.E com todo respeito com a minha terra, mas Mineiros é um buraco. E vamos ficar só na parte do esporte. Aqui não existe uma equipe esportiva sequer para representar a cidade. De vez em quando juntam um time de futebol para a Copa TV TEM, mas não vale. Fiquemos no profissional.

Por conta dessa falta de opção, ao longo dos anos, eu fui adquirindo um carinho gigantesco pelas equipes da região, sendo de futebol, basquete ou vôlei, a ponto de invejar e ter raiva das pessoas que tem times em suas cidades, mas não os apoiam. E nesse balaio de gato, está o XV de Jaú.

Fundado em 1924, o XV sempre esteve totalmente ao meu acesso. Da minha casa até o estádio, são pouco mais de 25 quilômetros de distância. Super tranquilo, mas quis o destino que eu nunca tivesse ido ver um jogo. E olha que o Galo já esteve muito melhor das pernas, mas fiz minha estreia justo numa quarta divisão, em um domingo MUITO ensolarado.

Toda essa peripécia começou no sábado, quando eu pedi ao Paulo, amigo de um bom tempo, se eu poderia ir junto, caso ele fosse. Sim, vesti a máscara de cara de pau e pedi mesmo. O Paulo, um cara fantástico como sempre, topou de boa. Aproveito e agradeço a carona e a companhia, já que ele deve ler isso aqui. Valeu Paulo 🙂

Voltando.

Chegou o domingo. E que coisa maravilhosa é o espírito de uma partida de futebol no interior paulista. E olha que eu já vi uma semi-final de Copa do Mundo em estádio, mas aquele jogo não se equiparou a esse.

O clima é totalmente outro. É bonito de ver o mar de camisas verdes e amarelas nos arredores do estádio. A quantidade de mulheres, crianças e idosos que ali estavam circulando. Tinha família, vendedor de churrasquinho, cambista e tudo mais que uma boa partida de futebol tem direito em um domingo de manhã.

Dentro do estádio, um jogo que valia muito para os dois lados. Para o XV de Jaú, a chance de se igualar aos líderes. Para a Inter de Babedouro, a chance de se isolar na liderança. Festa linda da torcida para um time que vai voltando aos campos após quase dois anos sem atividades. Dito isso, após uma grande queima de fogos e o hino nacional entoado, o jogo começou.

Os melhores lances do jogo aconteceram ainda no primeiro tempo. Aos 5 minuto, o Galo chegou mostrando suas credenciais. Após uma troca de passes na entrada da área, o atacante Luis Ricardo carimbou o travessão. Bom sinal? Viria uma goleada? Que nada.

Pouco tempo depois disso, após bobeada da zaga jauense, que deixou um cruzamento rasteiro chegar até a área, Zé Henrique aproveitou e a bola morreu no fundo da meta quinzeana. Tudo estava perdido? Já era para o XV? Calma torcedor! Seguimos.

O XV não se deixou abater e buscou a todo custo o empate. Após tentativas de falta e alguns escanteios, a redenção veio aos 35 minutos. E o gol saiu na minha frente. Gol, não. GOLAÇO. Léo Barbosa recebeu um cruzamento da direita e deu um lindo voleio para deixar tudo igual e reacender a torcida do Galo.

O primeiro tempo teve tudo para terminar com o XV na dianteira, mas a displicência impediu que isso não acontecesse. Após uma joga que acabou em um bate rebate, o atleta do XV, o qual eu não sei o nome (peço perdão pelo vacilo) driblou o goleiro na Inter junto a,linha de fundo e tocou na pequena área. O outro atleta do XV, que eu também não sei o nome (estava sem rádio no momento, releve) deu um toque para o gol, mas parou no zagueiro da equipe de Bebedouro. Saco…

Veio o segundo tempo e, com ela, a emoção do jogo foi se esvaindo. O XV chegava bem ao ataque, mas a Inter era quem ganhava espaço territorial. De “empolgante” mesmo, só as expulsões.  Pelos lados de Bebedouro, Fernando levou dois amarelo, enquanto Marquinho, do Galo, deu uma cabeçada no adversário.

Ao apito do juiz, um empate que não desagradou como um todo. Uma boa partida para se assistir, que valeu pelo golaço do quinze. Fez jus ao preço do ingresso e a cara de pimentão que este que vos escreve está nesse momento.

Dica importante: Sempre que você for acompanhar um jogo que rola das 10h ao meio dia, vá de boné e passe protetor solar. Falo por experiência própria. Tendo isso em mente, vá. Apenas vá. Se você nunca foi, se dê essa oportunidade. Eu garanto que você vai se apaixonar.

 

 

Foto do destaque: Rinaldo Andrade Gabriel

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